segunda-feira, 16 de março de 2009

A dor do amor

E tem gente que não acredita, que acha que isso não existe! Tem coração de pedra que acha que outros corações por estarem doloridos e magoados devido ao amor, são imaturos, são bobos. Bobo é quem não ama, quem carrega rancor ao invés de amor no coração, a esses recomendo aprender (e compreender) que amar é uma das melhores coisas da vida, e que se às vezes sofremos por isso, pelo menos os momentos felizes valeram a pena.
.
.
Quando iniciamos um novo relacionamento somos tomados por uma série de expectativas com relação à outra pessoa e tudo o que poderemos viver com ela. Fantasiamos nossos sonhos e ficamos esperando que o outro os realize, exatamente da maneira como idealizamos. No entanto, nos esquecemos que o outro também entrou no relacionamento com os seus sonhos e desejos que espera serem realizados por nós. Então, de repente um dos lados se frustra achando que escolheu a pessoa errada, pois está com alguém que não lhe completa e resolve terminar o relacionamento.
Após esse término provavelmente os dois serão atingidos pela pior dor que pode existir que é a dor de amor. Para ela não há anestesia ou remédio que diminua o aperto no peito, a falta de ar, a vontade de morrer e a sensação de que nunca mais amará outra pessoa na vida. Para acompanhar e intensificar essa dor aparece um conflito entre amar e odiar a pessoa que foi capaz de nos causar tamanha tristeza.
Mas será que quando choramos realmente é pela falta do outro? Muitas vezes a dor que sentimos pode ser causada pela rejeição, pela dificuldade em acostumar-se com a falta de uma companhia, pela saudade das risadas, por não sermos amados na mesma intensidade que amamos e etc.
No entanto, o que mais mata é perder uma parte nossa que foi embora com o outro e que nunca mais voltará. Afinal, você doou um tempo da sua vida, depositou todo o seu afeto e compartilhou os seus sonhos e expectativas com essa pessoa, e ela agora lhe diz chega, acabou, não dá mais! , vira as costas e vai embora.
Ficar se perguntando por que acabou, o que você fez de errado que resultou nesse trágico fim não é o melhor remédio nesse momento. Procure não cometer o erro de assumir para si a culpa pelo o que aconteceu, pois tanto o sucesso quanto o fracasso de uma relação são de responsabilidade dos dois envolvidos na história.
Apesar que a capacidade de amar nos faz vermos que estamos vivos, dê um tempo até procurar um novo amor, pois ao contrário do ditado: Nada melhor do que um novo amor para esquecer o passado , começar um relacionamento sem ter superado a perda, pode ser fatal para a nova reação. Aí, a dor vai de uma nova separação vai ser muito pior.
Essa dor tende à durar um tempo, mas é sadia e faz bem chorar e se recolher por um tempo para poder elaborar o que aconteceu e aí estar pronto para viver novamente. A dor de amor pode ser comparada a um corte profundo que precisou de alguns pontos para ser fechado e diminuir o sangramento. Enquanto os pontos estão cicatrizando o local dói, fica incomodo e precisa de curativos diários. Porém, depois de cicatrizado já não se sente mais nada e o que restou foi apenas uma marquinha na pele, que com o tempo pode até desaparecer.
Como disse Nietzsche: O que não provoca a minha morte faz com que eu fique mais forte.
Para ajudar na sua cicatrização lembre-se que ninguém é insubstituível, que a vida é para ser vivida e que não devemos ficar tão apegados ao amor do outro porque devemos nos amar em primeiro lugar.
.
.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão, que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena. (Mário Quintana)

Nenhum comentário: